Mercado a velocidades distintas, mas bem posicionado para rápida retoma

Interesse pelo mercado imobiliário permanece elevado, “em função de um contexto de taxas de juro baixas e de elevada liquidez financeira global", diz a CBRE.
12 abr 2021 min de leitura

Depois de quase um ano de pandemia, e num contexto de ainda grande incerteza, é difícil prever o comportamento do setor imobiliário em 2021. Mais do que nunca, segundo a CBRE, o mercado vai registar velocidades distintas. O setor logístico vai evidenciar um grande impulso; os escritórios deverão revelar alguma resiliência; o turismo irá começar a recuperar assim que o plano de vacinação se revelar eficaz; e o comércio vai estar muito dependente da evolução económica do país, mas irá continuar o processo de transformação que já vinha a desenvolver antes desta crise. As conclusões são da consultora e constam do relatório "Tendências do Mercado Imobiliário 2021", divulgado esta quinta-feira, 11 de fevereiro.

Francisco Horta e Costa, Diretor-Geral da CBRE em Portugal, não tem dúvidas de que, apesar do impacto da Covid-19, o interesse pelo mercado imobiliário permanece elevado, “em função de um contexto de taxas de juro baixas e de elevada liquidez financeira a nível global”. Considera que Portugal continua a evidenciar fortes fundamentos imobiliários, nomeadamente um “mercado ocupacional interessante” e uma ainda reduzida disponibilidade de produto, estando “bem posicionado para uma rápida retoma assim que os países começarem a sair desta crise sanitária”.

“Chegámos ao final de 2020 com 2.900 milhões de euros, o equivalente a uma quebra de “Portugal continua claramente no radar dos investidores internacionais” e  “a expectativa é de que 2021 seja um novo ano, se não mesmo um ano recorde” para o setor imobiliário, garantiu o responsável pela área de investimento da CBRE, Nuno Nunes, durante a sessão de apresentação do Real Estate Market Outlook 2021, que este ano decorreu num formato totalmente digital. Ainda assim, considera que, “provavelmente, a nuvem mais densa está relacionada com o financiamento”.

As expetativas da consultora pressupõem que a pandemia de Covid-19 será controlada ao longo do ano, mas as previsões estão ainda sujeitas a um elevado grau de incerteza “relativamente à velocidade de recuperação da economia portuguesa e ao poder de compra dos consumidores”.

Fonte: Idealista
Foto de: Blackproetry em Unsplash

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