Arrendamento: há 34 famílias interessadas por cada casa anunciada

O mercado de arrendamento em Portugal continua a atrair famílias. A procura de casas para arrendar continua elevada, numa altura em que comprar casa continua a ficar mais caro e os juros no crédito habitação e o custo de vida permanecem altos, apesar de haver indícios de que as taxas Euribor possam descer de forma mais expressiva a partir junho depois de o Banco Central Europeu (BCE) aliviar a sua política monetária, devido a uma estabilização da inflação. É isso que mostra a análise dos dados do idealista: embora as rendas tenham subido 16,2% no último ano, os anúncios de casas para arrendar no idealista receberam, em média, 34 contactos no primeiro trimestre de 2024, antes de serem retirados. No entanto, o número de contactos por anúncio de casas para arrendar diminuiu 33% face ao mesmo período de 2023.

“Estes números revelam que a pressão de contactos por anúncio de casas para arrendar continua a ser elevada, apesar de ter diminuído no primeiro trimestre do ano”, começa por explicar Ruben Marques, porta-voz do idealista. Mas esta redução do número de contactos por anúncio “não indica que haja menos famílias a procurar casa para arrendar, mas sim que há mais imóveis disponíveis”, dado que a oferta de imóveis no mercado de arrendamento aumentou 55% em 2023. Ou seja, a procura continua alta, mas mais distribuída. “No entanto, os preços continuam elevados e fora do alcance da maioria dos portugueses”, destaca ainda.
 

Quais as cidades mais atrativas para arrendar casa? E menos?

A cidade portuguesa onde houve maior interesse em arrendar casa no início de 2024 foi Leiria, registando, em média, de 48 contactos por anúncio. Logo a seguir está Portalegre (45), Santarém (43), Setúbal (41), Faro (40), Évora (36), Braga (35), Bragança (34), Lisboa (33) e Coimbra (30). Com uma média de menos de 30 contactos por anúncio de casas para arrendar, encontram-se as cidades de Viseu (29), Vila Real (29), Castelo Branco (28), Aveiro (28) e Viana do Castelo (26).

Já a cidade que despertou menos apetite por arrendar casa foi Beja, com uma média de 17 contactos por anúncio no primeiro trimestre de 2024, seguida da Guarda (20), Funchal (23), Ponta Delgada (25) e o Porto (25), revela a mesma análise do idealista.

O que também salta à vista é que, com o aumento da oferta no mercado de arrendamento, a procura de casas ficou mais distribuída. Isto ajuda a explicar o facto da média de contactos por anúncio de casas para arrendar tenha caído em 12 capitais de distrito no início de 2024 face ao mesmo período do ano passado.
 

eja foi a cidade onde média de contactos por anúncio de casas para arrendar mais desceu (-51%). Seguem-se Lisboa (-43%), Aveiro (-40%), Guarda (-39%), Coimbra (-34%), Porto (-34%), Bragança (-28%), Santarém (-28%), Braga (-18%), Setúbal (-12%), Ponta Delgada (-5%) e Castelo Branco (-5%),

Mas em 8 cidades houve um crescimento do número de contactos por anúncios de casas para arrendar. Foi o caso de Portalegre (78%), Vila Real (31%), Funchal (29%), Faro (21%), Évora (14%), Viseu (7%), Viana do Castelo (6%) e Leiria (5%).

 

Metodologia

Estes dados foram recolhidos e analisados pelo idealista/data, a proptech do idealista que fornece informações destinadas a profissionais para facilitar a tomada de decisões estratégicas em Portugal, Espanha e Itália. O idealista/data utiliza todos os parâmetros da base de dados do idealista em cada país, bem como outras fontes de dados públicas e privadas para oferecer serviços de avaliação, investimento, angariação e análise de mercado.

Fonte: Idealista
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