Investimento imobiliário bate recorde no sul da Europa Mercado português foi o que registou maior aumento, segundo dados da consultora Savills. Perspetivas continuam fortes. 14 mar 2023 min de leitura O investimento imobiliário no sul da Europa (Espanha, Itália e Portugal) atingiu um valor recorde em 2022, com 31,7 mil milhões de euros, e o mercado português foi o que registou maior aumento, segundo dados da consultora Savills. De acordo com a consultora imobiliária internacional, os fundamentos do mercado continuarão fortes e a atrair investidores, particularmente em ativos residenciais não de primeira habitação. O valor global do investimento nos três países cresceu 36% em 2022, em comparação com o ano anterior, atingindo os referidos 31,7 mil milhões de euros, indica num relatório da Savills, consultora imobiliária que opera nas Américas, Europa, Ásia-Pacífico, África e Médio Oriente. Portugal foi o país com o maior aumento, cerca de 67%, do volume de investimento imobiliário registado em 2022 face ao ano anterior, atingindo os 3,3 mil milhões de euros. Espanha representou 52% do total (16 mil milhões de euros) e teve um aumento de 39%, segundo a Savills, que prevê um menor volume de investimento nesta região este ano, mas ainda assim com um desempenho melhor do que o esperado para o resto do continente. Itália, por sua vez, registou um investimento de 11,6 mil milhões de euros, mais 26% face ao ano anterior. O que ajudou o investimento imobiliário a crescer no Sul da Europa? A região do sul da Europa absorveu também em 2022 maior percentagem do investimento imobiliário total no continente, com 11% contra 6,0% em 2021 e acima dos 7,0% que tinha registado em média nos últimos cinco anos. A recuperação do consumo interno após a pandemia e uma maior proteção contra o aumento dos preços da energia do que no resto da Europa contribuiram para estes resultados, considera a consultora imobiliária. O investimento transfronteiras atingiu 18,7 mil milhões de euros, 59% do montante total investido no sul da Europa e o maior volume alguma vez registado. A maior parte do capital estrangeiro investido na região veio de outras partes da Europa (23 %) e das Américas (15%). Como vai evoluir o mercado imobiliário De acordo com a Savills, os fundamentos do mercado continuarão fortes e a atrair investidores, particularmente em ativos residenciais não de primeira habitação. A consultora aponta ainda que, em todo o sul da Europa, o desequilíbrio estrutural entre a oferta e a procura de ativos habitacionais e logísticos favorecerá o crescimento do mercado de arrendamento ou, pelo menos, a sua estabilização. Acredita também que a procura dos inquilinos continuará a apoiar o investimento imobiliário nesta região. Fonte: Idealista Foto: Freepik Partilhar artigo FacebookTwitterPinterestWhatsAppCopiar link